Esses dentes, situados na porção anterior da boca, crescem continuamente. Têm formato de meio círculo, não possuem raiz fechada e a porção posterior do dente tem a dentina exposta. Então, o ato de roer permite que os dentes sejam afiados e não cresçam em excesso. Isto significa que, se esses animais não utilizarem os dentes (não roerem), os incisivos não param de crescer e podem voltar à raiz, ou seja, fechar o semi-círculo, prejudicando fatalmente o animal.
Assim, esses animais estão sempre roendo. Não importa se é alimento ou não, eles não podem ficar sem utilizar seus dentes. Devido a esse fator importante, os roedores passam a maior parte do tempo procurando substâncias para afiar os dentes. Além disso, podem viver e/ou andar nos mais diversos lugares, como galerias ou fios e cabos elétricos, o que causa grande prejuízo ao homem.
No Brasil, a ordem dos roedores apresenta cerca de 74 gêneros e 236 espécies, ou seja, somente no Brasil, ocorrem mais de 230 espécies diferentes desses animais. Como sempre estão em busca de abrigo e alimento, muitas vezes acabam trazendo desconforto e perturbação em várias regiões, principalmente as grandes cidades. Porém, é importante saber que a grande maioria dessas espécies não causa perturbação alguma ao homem, pois são espécies silvestres que vivem restritamente nos locais em que estão adaptadas, como florestas, cerrado, caatinga.
A infestação de ratos pode ser verificada através de alguns sinais:
Presença:
Avistar ratos significa uma considerável infestação, principalmente quando isso ocorre durante o dia, pelos ratos terem um hábito noturno, a presença de ratos durante o dia demonstra uma grande infestação.
Fezes:
Um dos melhores indicadores de infestação, podem trazer também a identificação da espécie presente;
Trilhas:
É um caminho bem batido, de 5 a 8cm de largura, encontradas normalmente perto de paredes e muros, atrás de materiais empilhados, sob tábuas.
Roeduras:
Os ratos costumam roer (sem ingerir) materiais como madeira, cabos de fiação elétrica e embalagem de alimentos para gastar sua dentição e para chegar a alimentos.
Tocas:
Encontradas junto ao solo, muros, paredes, e normalmente indica a infestação por ratazanas.
Os métodos de controle de ratos, ou desratização são extremamente difíceis por ser o rato um animal muito adaptável. Esta consiste em tirar um dos três elementos indispensáveis para a vida do animal, a água, o abrigo e a alimentação.
No caso da água ser retirada, o animal irá mais longe para obtê-la, mas voltara a seu abrigo, se retirarmos o abrigo, ele fará um novo abrigo próximo ao atual, sobrando assim, somente a alimentação.
O uso de venenos deve ser feito por pessoas capacitadas, que conheçam o processo de manipulação e aplicação, uma vez que o uso indevido pode causar o aumento da população ao invés de exterminá-la.
Para que seja eficiente, deve-se conhecer o melhor possível a biologia do animal que desejamos eliminar, e então usar técnicas como as listadas abaixo:
Isca Granulada:
Veneno mais usado, consiste em que o rato ingere e morre algum tempo depois por hemorragia interna. Esta isca não mata na hora pois o instinto do animal faz com que o rato associe a morte ao veneno.
Isca Parafinada:
Ideal para uso externo (ralos, jardins, etc), não estraga com a chuva. Por possuir gosto extremamente amargo é de difícil ingestão para o homem, mas fatal para o rato, matando-o também por hemorragia interna.
Pó Químico:
Mesmo os ratos vivendo em esgotos, eles são mamíferos muito limpos, e por isso estão constantemente se lambendo. Esse pó é colocado nas tocas, e onde os ratos passam, fazendo com que fique grudado no pelo, e quando o rato se lamber ingerirá o produto, o levando a morte também por hemorragia.
Iscas Cereais:
É uma mistura de fortes atrativos para o rato, com produtos diversos, tem um efeito rápido e limpo.
Há também os métodos biológicos, como a colocação no meio de um predador natural, como no caso dos ratos, o gato. Esses métodos não são tão seguros, e não representam eficiência total, por estarem sujeitos à situação do local onde são empregados.