De modo geral, o corpo dos escorpiões é separado em duas regiões: o prosoma (cefalotórax) e o opistosoma (abdome). O prosoma é coberto dorsalmente por uma carapaça. Parcialmente abaixo dessa carapaça, posiciona-se um par de quelícera responsável por rasgar e dilacerar a presa. Acima da carapaça existem 5 pares de olhos. O primeiro par, grande e primitivo, possui capacidade de percepção da presença ou ausência da luz. Os demais pares provavelmente regulam o relógio biológico do animal. Além disso, na região do prosoma há 4 pares de patas e um par de pedipalpos.
Estes servem para capturar, conter e esmagar a presa, além disso, podem dar proteção contra um predador. Já o opistosoma é composto pelo mesosoma (pré-abdome) e metasoma (pós-abdome). O mesosoma apresenta dorsalmente 7 segmentos (Tergitos) e ventralmente 5 segmentos (Esternitos). Por sua vez, o metasoma erroneamente denominado de cauda, possuí 5 segmentos arredondados e o Telson. O Telson é composto de uma vesícula com duas glândulas de veneno e um ferrão (aguilhão) que serve para inocular o veneno na presa.
Tratamento
O tratamento sintomático consiste no alívio da dor através da administração de anestésicos no local da picada. O combate à dor, como medida única adotada, é geralmente suficiente para todos os casos leves e, em adultos, para a maioria dos casos moderados. O tratamento específico envolve a administração de soro antiescorpiônico aos pacientes com formas moderadas e graves de escorpionismo. O objetivo da soroterapia específica é neutralizar o veneno circulante deverá se instituído mais breve possível, pois melhor será o prognóstico do acidentado. Ela também contribui no combate a dor local e os vômitos. A administração do soro é segura, sendo pequena a freqüência e a gravidade das reações de rejeição precoce.
A manutenção dos sinais vitais do paciente também possui grande importância. Os pacientes com manifestações sistêmicas, especialmente crianças (casos moderados e graves), devem ser mantidos em regime de observação continuada das funções vitais, objetivando o diagnóstico e tratamento precoces das complicações. Como auxilio no diagnóstico e acompanhamento dos sinais vitais do paciente, exames complementares podem auxiliar no tratamento. O uso de eletrocardiograma monitorização continua, radiografia de tórax, ecocardiograma e exames bioquímicos também podem ajudar no acompanhamento dos pacientes.