Baratas são insetos da ordem Blattodea que habitam nosso planeta há pelo menos 320 milhões de anos como indica o registro fóssil da espécie Paleoblatta douvillei. Desde sua origem, sobreviveram às mudanças geoclimáticas ao longo da história da Terra, e colonizaram o planeta como um grupo bem sucedido. Atualmente, existem ao redor de 4.000 espécies viventes, porém, somente 30 delas adaptaram-se ao meio ambiente urbano.
Isso representa menos de 1% da diversidade global de baratas, ou seja, um número bem reduzido de espécies são potencialmente sinantrópicas (vivem próximo da moradia humana). Além disso, apenas 4 destas espécies podem ser vetores mecânicos de doenças, já que carregam junto ao corpo patógenos que prejudicam a saúde humana, principalmente o trato gastrointestinal.
Mecanismos de Controle
O mecanismo de controle básico de baratas consiste na manutenção higiênica do ambiente, pois, é o acúmulo de resíduos alimentares que determina o aparecimento do inseto. Além da higienização freqüente, aconselha-se também a vedação de frestas e outros ambientes favoráveis ao estabelecimento desses animais.
Nas infestações o manejo integrado é o mecanismo de controle mais indicado. Além de economicamente mais viável, já que requer menor investimento com inseticidas, ele reduz também a concentração de resíduos químicos no ambiente.
O manejo integrado consiste no emprego concomitante de pesticidas, geralmente organofosforados, e produtos biológicos. Esses inseticidas devem ser usados cuidadosamente para evitar a contaminação do meio ambiente, principalmente da água. Sendo assim, aconselha-se:
• Iscas, pó seco e inseticidas microencapsulados podem ser aplicados em locais fechados;
• Inseticidas de pulverização líquida devem ser administrados em áreas que sofrem limpezas úmidas;
• Substâncias residuais devem ser aplicadas apenas em áreas não irrigadas, pois assim os produtos permanecem por
mais tempo no local e não precisam de reaplicações freqüentes.
No controle biológico o mais comum é empregar inimigos naturais, como aranhas, escorpiões, ácaros, besouros, sapos e rãs, pequenos répteis, aves e pequenos roedores. Esses animais alimentam-se das baratas adultas ou de suas ninfas, porém para o ambiente doméstico criar esses animais é inviável. Atualmente, o fungo Beauveria brongniartii é alvo de intensos estudos, uma vez que pode ser um método viável e eficaz no controle biológico das baratas.